Isabel deu um abraço bem
carinhoso na vovó e perguntou:
- Como é vovozinha, vai
cumprir com o prometido hoje?
Disse que iria contar mais
uma bela história de Jesus. Antes pediu a netinha que buscasse um mapa que
estava em cima da mesa.
-Veja minha netinha. Aqui
está um mapa da Palestina na época de Jesus.
Disse á ela que a
Palestina era dividida em três partes: ao norte ficava a Galiléia, onde ficava
Nazaré terra dos pais de Jesus; Caná, e Cafarnaum lugar onde Jesus buscou seus
discípulos. Mais abaixo encontrava uma grande cidade...
-Samaria – adiantou Isabel,
apontando o dedinho.
-Isso mesmo! Agora ao sul
encontramos Jerusalém onde Jesus foi crucificado.
Isabel estava ansiosa pela
história.
-Muito bem, a história que
vou contar passa-se em Cafarnaum. Nessa cidade Jesus viveu os melhores dias de
sua vida, em companhia de alguns discípulos, entregue ao trabalho de
carpinteiro, enquanto os colaboradores refaziam as energias perdidas em suas
viagens feitas pela Palestina. Cafarnaum era pequena e seus habitantes gente
humilde, em geral pescadores.
Certo dia Jesus subiu até
montanhas próximas. Pedro ficara para trás auxiliando as pessoas que viriam de
vários lugares transportando-as de barco pelo Mar da Galiléia. Algumas horas
depois chegaram até Jesus, no alto da montanha, cinco mil pessoas – crianças,
velhos, moços, mulheres. Todos queriam ouvir as palavras de Cristo naquele
momento de profunda revolta para seus corações.
-Revolta?! Por que vovó?
- É que João Batista havia sido assassinado. E aquela multidão vinha do
seu enterro, em Betsaida.
Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos ortodoxos, como o "precursor" do prometido Messias, Jesus Cristo (Wikipédia).
Jesus levantou-se. Sua figura impressionava pela sua calma, harmonia, mansuetude. Começou a falar. Sua voz entrava nos corações cheios de ódio, como um raio de luz tocando a escuridão. Pouco ao pouco as expressões duras e sérias das pessoas foram se acalmando. O Mestre falava sempre, apontando a necessidade de paz nos corações, que se faria presente pelas mãos caridosas do perdão.
Era hora de se libertarem sim da escravatura, não dos romanos que causava tantos sofrimentos á todos, mas a libertação de mil e um pequenos defeitos que escureciam os corações dos ouvintes. Suas palavras eram como uma brisa suave que fizesse passar o calor do deserto. Falou durante horas enquanto todos ouviam calmamente sentados na relva aos seus pés.
A noite chegou quando
Jesus terminara de falar. As pessoas estavam mais animadas, sem espírito de
vingança, mas sentiam fome. Como não tinham o que comer os discípulos de Jesus
ficaram preocupados. Que fariam?
Jesus disse: “daí vós de
comer á multidão”.
Pediu que procurassem
alguma comida no meio da multidão. Encontraram um rapazinho com um cesto
contendo cinco pães e dois peixes.
Jesus pegou a cesta e
começou a dividir os pães e os peixes dentro do cesto sob os olhares curiosos
dos discípulos.
-Reparti agora para todos.
Pedro e os outros
companheiros conseguiram distribuir para toda aquela gente...
-Cinco mil pessoas vovó?!
Como se explica isso?
-Jesus era um grande
conhecedor da natureza. Sabia manipulá-la e seus elementos de uma forma que nós
ainda não conseguimos entender. Ele tinha um poder de usar as energias da
natureza de um jeito que só ele conseguia.
-Puxa vida! Mas que
trabalho hein vovó?
-Sim, filha. Um esforço
que só o amor pode justificar.
E outra história hein
vovó?
Bem outra história vai
ficar para outro dia!
(texto com livre adaptação
do conto de mesmo nome e parte do conto “outra cura de Jesus”, do livro: Escuta, meu filho!)
Viram crianças? Com o amor que Jesus tem, conseguiu fazer com que o pouco virasse o suficiente. Nós devemos aprender mais essa lição: o amor multiplica!
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