Educar é saber amar

A criação do nosso planeta

Hoje, nossa aulinha foi inspirada no Curso de Evangelização Infantil de Sheila Passos.

Foi feito um tapete de contar histórias. O nosso foi bem simples, feito com t.n.t e figurinhas recortadas de livros didáticos antigos e colados com fita adesiva. Mas existem vários modelos na internet. Seguem alguns para servirem de exemplo:




(Enquanto contamos a história vamos colocando os elementos no tapete)

A criação do nosso planeta


Deus, nosso Papai do Céu, criou o nosso Planeta, o Planeta Terra, lá no Universo e entregou para Jesus cuidar e organizar. 


Estava escuro e frio aqui! Mas Deus é tão bom que criou o Sol, e seus raios
chegaram ao nosso planeta, iluminando e aquecendo!

Deus é tão bom que criou a lua e as estrelas que iluminam o céu quando é noite, e ele também nos deu o Sol, que ilumina e nos aquece durante o dia...


Um dia o nosso planeta estava tão quente, tão quente que Deus nos deu de presente a água, do reino mineral, pra refrescar o nosso mundo. Então Deus criou os rios, os lagos e os mares!




O nosso planeta estava passando por muitas transformações, havia uma pedra muito grande (levar às crianças uma pedra bem grande para exemplificar).  Um raio caiu em cima dela e a dividiu em muitos de pedaços. A água e as pedra fazem parte do Reino Mineral .




Depois que as pedras se formaram foi chovendo nas rochas, nas pedras e foram se formando lugares gostosos, fofinhos que são a terra e também a areia!

Um dia, há muito tempo, uma sementinha que dormia lá no mar, foi acordada pelo vento. 

Deus mandou um vento tão forte, mas tão forte, que formou uma onda bem grande que carregou a sementinha lá pra terra, onde ela achou muito bom, fofinha, e a sementinha resolveu ficar por lá!

Ali era o seu lugar! Mas ela não conseguia mais enxergar a luz do sol, “queria tanto ver a luz”! 

Então Deus foi tão bom, tão bom, que deu de presente pra semente o “Fluido Vital”. 

A terra abriga a semente que irá germinar e se transformar nas plantas que formam o REINO VEGETAL.


E assim, nosso planeta estava ficando lindo! Iluminado, quentinho, tinha água para refrescar, vida com os vegetais, flores coloridas, frutos... 

Mas faltava movimento, mais sons além do som da chuva e do trovão.
Então Deus criou o REINO ANIMAL! 

Os animais que vivem na água, aqueles que nadam e caminham na terra: os peixes, os anfíbios e os répteis! 




E o nosso planeta continuava passando por muitas transformações! 

Então Deus criou todos os outros animais que conhecemos hoje!




E então o nosso planeta estava ficando lindo e perfeito, mas precisava de alguém capaz de cuidar, proteger e
conviver com todos os reinos, alguém com sentimento e inteligência.

Então, foi aí que Deus deu de presente para o nosso mundo as pessoas!!!
Mas aí fica para a próxima aulinha!


Essa historinha pode ser contada dessa forma simples, ou pode ser mais ilustrada, mais detalhada, conforme o entendimento e a maturidade das crianças. 

É bom deixar as crianças manusearem as ilustrações, que elas vão acrescentando no tapete, de acordo com a história .

Depois da história pode ser acrescentadas perguntas sobre a mesma, ou pode ser feita uma atividade onde as crianças façam perguntas sobre o tema.
De todo modo é importante que a professora se prepare estudando o assunto previamente.

Outra atividade que pode ser feita com as crianças é um quebra cabeça igual ao tapete da história, de modo que elas mesmas pintem, colem em uma cartolina e recortem as peças.  Sugestão, faça o desenho do mundo e das coisas a serem acrescentadas separadamente. Imprima para cada uma e deixe o resto com elas. Será uma bela atividade e uma bela lembrança da aulinha.
 
 Espero que elas gostem!

Poesia: Quantas vidas vive um artista?

Um artista tem uma missão linda, mas nem por isso leve. Como professores, médicos, cuidam de almas. São responsáveis por nos ensinar com suas histórias, mas também podem aliviar nossas dores.
Veja a poesia de Cleiton Freitas e se inspire.


A semeadura do amor

Quando uma alma vos chega às mãos. Encerra no corpo tenro de uma criança, não penseis que se trata de um ser amorfo, para se modelar segundo o figurino que trazeis em mente. A alma que vos chega é semente que volta ao solo da matéria, para germinar uma nova personalidade, mas guarda a reminiscência de todas as personalidades frondosas que já foi, de todos os jardins que já habitou... O Espírito humano em si mesmo é uma semente de divindade, cuja promessa de acabamento e realização se renova a cada revivência no mundo cujo desabrochar completo, apenas o suceder dos milênios vai assistir.
Mas quão pouco cuidado, quão pequena reverência, ofertamos ao Espírito que vem habitar um novo corpo! Deveríamos nos sentir honrados pela confiança divina ao depositar em nossas mãos uma alma que se torna novamente embrionária, para recordar em novas condições! Deveríamos corresponder ao crédito que a Providência nos dá, permitindo-nos a oportunidade de ajudar a cultivar o jardim espiritual de um outro ser, pelo processo da Educação! Deveríamos ser agradecidos à bênção de receber na forma de filho, neto, aluno- na aparência suave da criança- um Espírito companheiro, um irmão em humanidade, um peregrino da evolução!

E, no entanto, tantas vezes, tornamos essa bendita oportunidade de um fato corriqueiro, cujo deslumbramento inicial vai pouco a pouco se esvaindo na rotina morna do cotidiano. E vamos transformando a graça de receber um Espírito e a oportunidade de ajudar em sua Educação, na desgraça da indiferença, que vai resultar na catástrofe do fracasso...
É preciso, pois, para ser educador, com a dignidade que esse título merece, jamais perder o encantamento de olhar o outro -educando- nunca deixar o gosto de descobri-lo, o prazer de cultivá-lo, a graça de reencontrá-lo e de nos tornarmos determinantes em sua vida. Quando digo determinantes, não quero dizer que nos cabe determinar sua personalidade e seu destino. Ao invés, mais eficaz será nossa influência, quanto maior papel tivermos exercido para que a criança se descubra a si própria, se desvende como portadora de talentos inatos, como dona de sua alma e como cumpridora do destino que a trouxe à Terra, para edificação de si própria!
Quanto mais soubermos orientar para que o Espírito se ache, se aperceba de si, mais inesquecível será nossa presença na vida de alguém. E só conquistamos esse poder de entregar o educando a si mesmo, na medida em que nosso amor o acompanhe nessa descoberta de si! Amar é desvendar o mistério profundo do ser- e só quem se aproxima do outro ser humano com o condão mágico do amor, terá a sabedoria de alçá-lo à altura de si mesmo, de ajudá-lo a abrir as portas de seus tesouros mais ocultos.
Que supremo regozijo o de quem consegue amar alguém ao ponto de se tornar uma referência vital para o progresso da alma amada! Que único e verdadeiro poder o de ter a capacidade de entregar o outro a si mesmo, ao que ele tem de melhor dentro de si! As mães têm naturalmente o germe desse poder, que deve ser purificado de suas feições possessivas, para atingir a sublimidade do completo sacrifício de si. Nunca vistes assassinos e tiranos se aquietarem enternecidos no colo materno? Ora, é porque o amor maternal pode alcançar o que há de divino, mesmo no Espírito mais empedernido!
Mas todos podemos e devemos desenvolver esse amor, dentro de nossas almas, pois ele é o reflexo de Deus em nós. Quem não busca possuir esse amor não pode se dedicar ao ato sagrado da Educação. Porque o educador verdadeiro só consegue extrair a luz mais recôndita de seus discípulos, pelo fórceps desse amor, que se empenha pelo ser amado, mas nunca o violenta.
Porfiai por conquistar essa dilatação íntima, que consiste em primeiro lugar numa reverência profunda pela humanidade, numa comunhão íntima com Deus, o Criador que se espelha em todas as criaturas, num sair constante de si mesmo, para buscar o coração alheio... Feliz de quem conhece esse estado de espírito e esparge o perfume desse amor ao reder de seus passos- esse não conhece o cansaço, a ingratidão não o atinge, e todos os esforços feitos, eles os entregam a Deus, o único zelador das sementes semeadas, o único depositário dos frutos que não nos pertencem... Quem assim educa não está preocupado com o resultado imediato de seu empenho, mas sabe entregar à eternidade a esperança da frutificação!...
Maria Montessori, por Dora Incontri, no livro “Educação segundo o Espiritsmo"