Educar é saber amar

A formiguinha, o pássaro e o velhinho

Certa vez, uma fileira de formiguinhas, iam em busca de comida na cozinha de um casa de velhinhos. De repente, uma delas ficou presa no açúcar do fundo de um copo: "-Socorro! Alguém me ajude! Meu pezinho ficou preso, não consigo sair!"-Gritou a formiguinha. 


Vendo que ninguém apareceu pra ajudar, começou a lamentar: "-Então é assim? Depois de passar toda a minha vida ajudando é assim que me agradecem? Sempre fui tão prestativa, tão trabalhadeira e agora... É isso que mereço?" Não parou por aí: "-Nem Deus teve piedade de mim! Será que as formigas não merecem o amor de Deus?"
O que ela não sabia, é que suas amigas haviam voltado para ajudá-la mas a dona da casa ,uma senhora bem velhinha, havia tirado o copo da mesinha e colocado dentro da pia. Então, elas perderam as pistas da companheira.

 Logo ali pendurado na porta da cozinha, numa gaiola, um passarinho lamentava sua sorte: "-Puxa vida! Sou um passarinho infeliz mesmo! Enquanto os pardais voam livremente pelos céus da cidade, vivo preso aqui nessa gaiola. Que vida ingrata! Que injustiça! Sempre fui um passarinho tão comportado, nunca fiz mal a ninguém e não tive direito a voar pelos céus. Nem Deus teve piedade de mim! Será que os passarinhos não merecem o amor de Deus?"

O que ele não sabia é que, do lado de fora da casa, estava um gato de rua sempre á espreita, esperando o próximo passarinho desavisado para abocanhar. Já tinha visto aquela gaiola e torcia para o dia em que o passarinho conseguisse fugir!

Logo ali, no quarto ao lado da cozinha, o senhor, mais velhinho ainda, estava de cama. A senhora, que andava devagarinho de tão velhinha, lavou o copo, pôs café e levou para ele "-Tome querido. Mais tarde a vizinha nos trará uma sopa para almoçarmos!" Aquele café era a única coisa que tinham para se alimentar naquela manhã...
Então o senhor que de tão triste nem falava, pensou: "-Que tristeza... Antes eu era jovem, forte, trabalhador. Nunca deixei faltar nada em casa agora vejo minha velha mendigando comida... Que injustiça! Não mereço tanto sofrimento!" Fechando os olhos pra claridade que entrava pela janela aberta reclamou: "-Nem Deus teve piedade de mim! Será que não mereço o amor de Deus?"

O que ele não sabia é que logo ali do seu lado, a velhinha que segurava sua mão, havia acordado cedo, feito café, trocado a água e colocado sementes pro passarinho. Enquanto pendurava a gaiola na porta, percebeu  o gatinho em cima do muro só admirando o pássaro e pensou: "-Ainda bem que você me tem! Sendo de cativeiro desde quando nasceu, não teria a menor chance com esse aí! Não aprendeu a voar!" E sorrindo lembrou do dia em que o marido o trouxe de presente dizendo: "-acho que ele precisa de uma mãezinha!"
Sentada ao lado do marido pensou: "-Sou uma mulher muito abençoada! Tenho saúde pra poder cuidar do passarinho e do meu velho. Tenho vizinhos tão bondosos que sempre estão nos trazendo o que comer! Deus é mesmo muito bom!


Moral da história: todos nós passamos por problemas, dificuldades uma hora ou outra em nossas vidas.A diferença está em como encaramos esses problemas.Podemos escolher ser como a formiga – que só pensou em reclamar das amigas e de Deus sem sequer tentar sair por si só!; ou como o passarinho que só sabe lamentar da liberdade que não tem, mas não vê o quão especial sua vida é; ou mesmo ser como o velhinho, que reclama de tudo ao invés de sentir grato pelo amor e carinho da esposa.Podemos enfim, escolhermos ser como a velhinha:enxergar as dificuldades, mas encará-las de frente e agradecer á Deus por ter como combatê-las: com coragem, força e amor no coração!

(Autora: Patrícia de Oliveira Simões)

Allan Kardec ( 3 de Outubro de 1804 a 31 de março de 1869)




Hipolyte Leon Denizard Rivail nasceu em 3 de Outubro de 1804  em Lião, na França. Filho único de João Batista Antônio Rivail (um famoso advogado na França) e Joana Luza Duhamel.

Quando nasceu, o mundo passava por grandes agitações políticas, sociais  e religiosas. As pessoas estavam muito descrentes com tantas guerras e os líderes religiosos estavam mais interessados em Poder. Por isso, desde pequeno mostrou-se interessado em estudar os problemas da vida: Os porquês das coisas, as origens dos seres...


Assim como seus pais, sempre foi um menino estudioso, bondoso, sincero e justo - qualidades que levou por toda a vida.Terminado o ensino primário, aos 12 anos, seus pais resolveram confiá-lo ao mais famoso educador da época e que até hoje é respeitado: Pestalozzi 

Pestalozzi era um homem muito inteligente, de imenso coração, foi o percursor da “escola ativa”, fundou escolas e abrigos para crianças pobres por toda Suíça. Foi  junto desse mestre sábio e bom que o menino Hipólito estudou durante 8 anos em Yverdon-les Bains, Suíça.

Aos vinte anos, o jovem pedagogo, que sofria com a intolerância de protestantes de Yverdon (por ser de origem católica), sonhava com uma reforma espiritual que fizesse desaparecer os ódios religiosos e prevalecesse os ensinamentos do amor de Jesus.

De volta a França continuou a lecionar e fundou o  Instituto Educacional Técnico (juntamente com um tio) onde procurou usar os métodos que aprendera com Pestalozzi. Além de dar aula, continuou os estudos (sabia várias línguas: francês, inglês, holandês, alemão, italiano e espanhol e se formou em Medicina).

Aos vinte e oito anos se casara com Amélia Boudel: professora, poetisa e pintora.
Devido às dívidas contraídas pelo seu tio (viciado em jogo), teve que fechar o instituto e passou a trabalhar dia e noite para manter seus compromissos, mas nunca deixara de lado a caridade: continuou dando aulas grátis aos estudantes pobres.

Em Paris, fenômenos mediúnicos atraíam muita gente: as “mesas girantes”. Como estudioso dos “porquês” desde cedo (ainda jovem também começara os estudos sobre magnetismo), em 1854 (Hipólito  com cinquenta anos) passou a assistir esses fenômenos no intuito de estudar.


Nessas  sessões especiais, em casas de pessoas de índole inquestionável, que surgiu o Livro dos Espíritos. Através  de um Espírito chamado Zéfiro, recebeu a informação que, em outra vida, se chamara Allan Kardec, era druida e esse Zéfiro era seu amigo. Passou assim a ser chamado .

O Livro dos Espíritos foi escrito contendo perguntas e respostas obtidas nessas sessões pelo Espírito da Verdade. Assim, surgiu o Espiritismo. Assim, surgiu a missão de Allan Kardec de divulgar as novas lições trazidas do mundo espiritual. Lições que confortam, explicam e traduzem os ensinamentos do Mestre Jesus Cristo.

Amélia e Allan Kardec

Foram vários anos trabalhando duro na divulgação da Doutrina Espírita. Sofreu perseguição por padres e bispos, mas a todos respondia com o perdão e sempre que necessário explicava os assuntos com dedicação e clareza.

Em 31 de Março de 1869, com 65 anos, seu coração parou de bater. A grande lição que podemos tirar de Allan Kardec é que a verdadeira sabedoria dos ensinamentos de Jesus está na prática: na maneira como vivemos e como lidamos com nosso semelhante.


(Fonte bibliográfica:O livro dos Espíritos -FeB ,A vida de Allan Kardec para crianças -Clóvis Tavares)

Atividade:


A) Cruzadinha de Kardec!

1- Allan Kardec nasceu no país:
2- Seu 1° nome era:
3- Seu professor na Suíça foi:
4- Quando criança queria saber os porquês das:
5- Aos______ anos voltou pra Paris.
6- Além de francês, inglês, holandês, sabia italiano, espanhol e ___________
7- Para alguns estudantes pobres dava aulas:_____________________
8- Sua profissão era:____________________
9- Qual foi a Doutrina que começou a divulgar aos 50 anos?
10- Qual a virtude que ele exemplificou e se tornou lema da Doutrina?

B) Faça um desenho de nossa instituição!