Educar é saber amar

Orgulho


Primeiramente perguntar às crianças o que elas acham que significa orgulho.
Depois explicar de forma clara.
-Significado de orgulho:
 Orgulho é um substantivo masculino com origem no termo catalão orgull que é uma característica de alguém que tem um conceito exagerado de si próprio. Também pode significar altivezbriopundonordignidade soberba.

Contar a seguinte história:

A baleia azul 




         Ela nasceu grande e forte. Desde recém-nascida era muito maior do que os outros habitantes das profundezas do oceano. Afinal, era uma baleia. Uma linda baleia azul!


         Mas Balofa, como seus amigos peixes a chamavam, não conseguia brincar e se divertir como todos os outros seres do mar por causa do seu tamanho.


         Com o passar do tempo, como só conseguisse brincar com as outras baleias iguais a ela, começou a desenvolver dentro de si um enorme desprezo pelas outras criaturas, fossem peixes, moluscos ou crustáceos.


         Considerava-os pequenos e insignificantes, e o orgulho pelo seu tamanho e beleza tomou conta do seu coração. Quando eles se aproximavam querendo brincar, ou apenas conversar, ela respondia altaneira:


         – Não se enxergam? Vejam o meu tamanho e vejam o de vocês! Vão procurar sua turma que eu tenho mais o que fazer.


         E como muitos seres do mar se afastassem à sua aproximação temendo ser esmagados por ela, Balofa acreditou-se verdadeiramente invencível e auto-suficiente, afirmando convicta e cheia de orgulho:


         – Eu sou forte e poderosa. Não preciso de ninguém.


         Certo dia, contudo, passeando com sua mamãe, afastou-se do cardume encantada com a beleza de alguns corais que vira ao longe. Aquela região era absolutamente desconhecida para ela.


         Não se preocupou, porém. Era grande e sabia se defender. Não havia morador das profundezas do mar que pudesse vencê-la. Quanto ao caminho de casa, logo o encontraria. Era só questão de tempo. Com sua inteligência e sua força não tinha medo de nada.


         Assim pensando, Balofa percorreu enormes distâncias sem saber para que lado estava indo. Já estava cansada quando, sem perceber, aproximou-se muito de uma praia e ficou presa num banco de areia. Lutou bastante, debateu-se, suplicando ajuda:


         – Socorro! Socorro! Estou presa e não posso sair! Socorro! Acudam!


         Mas, qual! Aquela era uma praia quase deserta e dificilmente passava alguém. Há horas estava fora da água, sob o sol inclemente. Exausta de lutar, sentia-se cada vez mais fraca. Ninguém atendia às suas súplicas e a pobre baleia azul pensou que era o fim. Morreria ali, sem socorro e longe da família.


         Chorou, chorou muito. Desesperou-se e compreendeu, finalmente, que não era tão auto-suficiente como sempre acreditara. E que o seu tamanho, aquele enorme corpo do qual sempre se orgulhara, era justamente a razão de estar presa no banco de areia.


         Com lágrimas nos olhos, lamentava-se:


         – Ah! Se eu fosse pequenina como os outros peixes não estaria agora nesta situação.


         Meditou bastante e decidiu que, se conseguisse se salvar, seria diferente e não desprezaria ninguém. Deixaria de ser tão orgulhosa e faria amizade com todo mundo.


         Algumas horas depois passou um garoto pela praia. Vendo-a, gritou encantado:


         – Uma baleia azul! E parece que está encalhada, pobrezinha. Vou buscar ajuda.


         Se fosse em outra época, Balofa reviraria os olhos com desprezo, não acreditando que uma criatura tão insignificante pudesse ser de alguma utilidade. Agora, porém, era diferente. Agradeceu a Deus pelo auxílio que lhe mandava na pessoa de uma criança tão pequena.


         Logo depois o menino voltou com o pai e algumas pessoas das redondezas. Com grande esforço, aproveitando a subida da maré, conseguiram finalmente soltar a grande baleia, que sumiu nas águas, toda feliz.


         Um pouco adiante, encontrou sua mãe, muito preocupada, que a procurava sem descanso. Ufa! Que alívio!


         Naquele dia, no fundo do mar houve grande festa, e os peixes ficaram admirados de serem convidados por Balofa. E, mais ainda, de serem recebidos com muito carinho e atenção pela linda baleia azul, toda sorridente e gentil.


Tia Célia
Célia Xavier Camargo 
Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita



Conversando sobre a história:

  • Como era a baleia azul?
  • O que aconteceu com ela?
  • O que ela aprendeu?

Todos nós temos nossas qualidades. Características pessoais que nos mostram quem somos. Devemos reconhecer nossos valores não pra "se achar" mais do que os outros, mas, para sabermos que somos capazes de fazermos muitas coisas boas e, assim, agradecermos a Deus por sermos quem somos.

Para Deus, todos temos valores. Porém, vale mais os sentimentos bons que possuímos em nossos corações e como nós somos com as demais pessoas.


Então crianças, lembrem-se sempre: 

Mais importante do que contar vantagens por se ter algo melhor que outro, é estar sempre pronto a ajudar alguém. É ajudar aos colegas a descobrir que eles também tem seus valores. Ser bom, amigo e prestativo será sua melhor qualidade!



(sugestão de leitura : Parábola do fariseu e do publicano- Histórias que Jesus Contou de Clóvis Tavares)


Sugestões de atividades:

1 -Desenho da baleia azul para colorir: 



2- Outras atividades :





Parabola da ovelha desgarrada

Contar a seguinte história para as crianças com auxílio de fantoches ou painel de feltro com as figuras que se movimentam pelo cenário(figuras que se colam com velcro):


Nos tempos de Jesus, havia um pastor de ovelhas que tinha cem ovelhas. Cuidava de todas, com muito carinho e dedicação. Todo o dia, logo cedo, guiava-as aos campos para se alimentarem de folhagens verdes e tenras.

fantoche de mão (exemplo )

Quando o Sol estava alto esquentando ainda mais o dia, levava as ovelhinhas para se deliciarem nas águas frescas e límpidas de um riacho deixando-as, em seguida, descansando á sombra de uma colina até o Sol baixar um pouco.

Passavam assim quase o dia inteiro, trazendo- as, ao final do dia, felizes, de barriguinhas cheias e seguras! Porém, entre as cem ovelhinhas, havia uma que andava, já há algum tempo, insatisfeita com essa rotina.

Todos os dias, quando chegava ao campo, olhava admirada as montanhas azuis ao longe e imaginava como seria delicioso enxergar o mundo daquele lugar! Mas o pastor nunca as levara para lá! Pelo contrário: as afastava dali!

avental de contar histórias (exemplo)

Então, um dia, enquanto o pastor seguia á frente chamando pelas ovelhas, ela correu pelo lado em direção á montanha com cuidado para que ninguém a visse. Correu feliz da vida, livre, por campos longos e diferentes até chegar à montanha de pedra.

Subiu com dificuldade, mas conseguiu chegar ao topo e enxergar toda a paisagem que sempre vira do chão. Depois de algum tempo, começara a sentir sede e cansaço: afinal não havia seguido com as outras até o riacho - não havia nenhuma fonte de água por onde passara.

O Sol estava alto e lá não tinha nenhum galho sequer para escondê-la. Resolveu descer, mas acabou escorregando e rolou morro abaixo! Já no chão, percebeu a bobagem que fizera: o pastor não a levava ali, porque lá não havia água, nem sombra para sobreviverem!

Agora estava ela ali: com sede, com fome, ferida, e para piorar, perdida! Percebeu que não sabia mais o caminho de volta! Triste, arrependida, resolvera deitar ali mesmo esperando seu fim...

Mas o que ela nem imaginava era que, assim que voltara com as ovelhas para o redil, o pastor sentira falta de uma ovelha! Então, deixou as noventa e nove bem guardadinhas e logo cedo partiu em busca da ovelha desgarrada.

Andou por todo o caminho que percorria diariamente. Depois, passou a caminhar pelas pastagens próximas, mas não encontrou. Continuou andando por muito tempo: subiu morros, andou por riachos, mas nada! Porém não desistiu dela!

E no dia seguinte encontrou a pobre ovelhinha já quase morta: ferida, com sede e com fome. Calmamente, o bondoso pastor limpou suas feridas, deu-lhe água fresca, acariciou-a e a abraçou, emocionado por ter encontrado a pobrezinha ainda viva!

Carregou-a nos braços de volta para casa. Ao chegar, chamou todos os vizinhos, amigos e familiares pedindo para que todos ficassem felizes por ele ter finalmente conseguido achar e trazer de volta a ovelha perdida!

Mural com os personagens com velcro (semelhante ao que usamos)

Jesus contou essa história aos seus discípulos mostrando que nós somos como as ovelhas. E ele como o pastor. Ele nos guia pelos melhores caminhos, ensina-nos a evitar os perigos, a contornar os obstáculos. Seguindo-o estaremos seguros e chegaremos felizes no final.

Porém se, como a ovelha desgarrada, nos perdermos pelo caminho enfrentando dificuldades e dor, já arrependidos; como o pastor, Ele nunca nos abandonará, e nos resgatará de onde estivermos. E ao retornarmos todos os bons amigos espirituais ficarão felizes  por nós!
(Texto criativo da parábola de Jesus. Poderá ser usado, se preferir, o livro Histórias que Jesus contou)


Após a história, conversar com as crianças sobre qual lição se tira desta parábola.

Atividades:

1- Colar algodão na ovelhinha:


 2- Fazer o caminho do pastor:



3- Pintar o Pastor com as ovelhas: